quarta-feira, 27 de junho de 2012

O espumante Brasileiro e as incríveis leveduras assassinas

Todos nós sabemos da grande qualidade de nossos espumantes e toda a história envolvida nela. Mas existem lacunas dessa história que não são de conhecimento público. Aqui em Garibaldi-RS, berço do espumante Brasileiro, se ouve muita coisa. Uma delas é que o primeiro espumante Brasileiro foi feito pelo irmão Marista Pacômio(maiores informações link abaixo) e não por Manuel Peterlongo. Mas como a história que todos conhecem de Don Perignon é um golpe de marketing, por que o Brasil não pode ter a sua? Hoje como produtor de vinhos e espumantes artesanais fico imaginando como eram feitos os nossos primeiros espumantes, as dificuldades encontradas em encontrar garrafas e rolhas adequadas e principalmente conseguir leveduras ainda vivas para a tomada de espuma do vinho base. Presenciei relatos de pessoas mais antigas da minha comunidade que somente através de um microscópio ótico era possível encontrar as leveduras necessárias para a segunda fermentação, isso quando o vinho ainda estava novo, pois depois as chances diminuiam gradativamente. E alguém duvida que muitas vezes o espumante saia com cheiro de peido? Hoje faço uma ligação telefônica e tenho garrafas, tampas metálicas, rolhas e gaiolas, mas principalmente tenho a levedura,esta tão tecnológica que se junto ao vinho existir alguma outra espécie de levedura ela se encarrega de matá-la diminuido drasticamente a chance de erros. Saudosismos à parte, estou com um projeto pessoal de um dia elaborar um espumante com a cara do passado, quem sabe corte de peverella com trebiano e catar uma levedura "selvagem". O nome já tenho e vai ser Espírito Pacômio, porém se sair com cheiro de peido vou alegar TERROIR, EH!EH!EH!
Agradeço ao carcamano os mano pela foto do licor pacomienne original. www.serragaucha.com/upload/page_file/o-licor-pacomienne-e-a-presenca-marista-em-garibaldi---com-autores.pdf(devido a inúmeras tentativas de inserir o link e não conseguir, achei melhor somente colocar o enderço).

7 comentários:

  1. hahaha!
    bela história Eduardo,

    é possível sim fazer esse espumante e agregar um pouco da ciência atual, hoje em dia é muito mais fácil selecionar leveduras, das selvagens, para conseguir tal espumante. Espírito Pacômio, não seria nada mal...

    Parabéns pelo reavivamento do Blog!

    abraços

    ResponderExcluir
  2. Adorei!!!!!!!!!!!!!!
    Quando for a Bento quero conhecer o teu trabalho!
    Grande abraço!

    ResponderExcluir
  3. Alemão conta a verdade o que tu queres mesmo é tomar um bom trago, abração......

    ResponderExcluir
  4. Olá Zenker
    Você faz vinhos tranquilos também?
    Com quais uvas?

    ResponderExcluir
  5. Faço sim João,em 2011 fiz Malbec, Merlot, Cab. Sauvignon, Cab. Franc, Carménère, Ancelotta tenho vinhos de várias safras passadas mas a única que tenho um volume razoável (que para mim gira em 200 garrafas) é o tannat 2008.Neste ano(2012) me dediquei as minhas próprias uvas.Vinifiquei somente Pinot Noir tranquilo o resto para espumante, entre elas um vinho base diferente, juntei o mosto do Chardonnay (somente o líquido) com o mosto do Pinot(com casca)e deixei 3 horas para obter um vinho base rosé e ficou surpreendente.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Yenho uma garrafa deste licor fechada ainda pode me passar mais informações por gentileza

      Excluir